JACK
NICHOLSON
(22/04/1937 – Nova York, Estados Unidos)
Primeiro filme: The Cry Baby Killer (1956)
Principais
trabalhos:
“Sem Destino” (1969), “Chinatown” (1974), “Um Estranho no Ninho” (1975), “O
Iluminado” (1980), “A Honra do Poderoso Prizzi” (1985), “Batman” (1989),
“Melhor É Impossível” (1997), “As Confissões de Schmidt” (2002).
Indicações
ao Oscar:
1970 – Melhor Aotr Coadjuvante: “Sem Destino” | 1971 – Melhor Ator: “Cada Um
Vive como Quer” (1970) | 1974 – Melhor Ator: “A Última Missão” (1973) | 1975 –
Melhor Ator: “Chinatown” | 1976 – Melhor Ator: “Um Estranho no Ninho” – venceu | 1982 – Melhor Ator
Coadjuvante: “Reds” (1981) | 1984 – Melhor Ator Coadjuvante: “Laços de Ternura”
(1983) – venceu | 1986:
Melhor Ator: “A Honra do Poderoso Prizzi” | 1988 – Melhor Ator: “Ironweed”
(1987) | 1993 – Melhor Ator Coadjuvante: “Questão de Honra” (1992) | 1998 –
Melhor Ator: “Melhor É Impossível” – venceu
| 2003 – Melhor Ator: “As Confissões de Schmidt”.
Indicados
em 1998:
Dustin Hoffman por “Mera Coincidência” (1997) | Jack Nicholson por
“Melhor É Impossível” (1997) | Matt Damon por “Gênio Indomável” (1997) | Peter
Fonda por “O Ouro de Ulisses” (1997) | Robert Duvall por “O Apóstolo” (1997).
Para Jack Nicholson, interpretar um
personagem “peculiar” não é grande novidade. O ator já havia concebido homens
complexos tanto na personalidade – como é o caso de Robert Dupea, de “Cada Um
Vive como Quer” (1970) – como nas atitudes – sendo aqui o melhor exemplo Randy
Murphy, de “Um Estranho No Niho” (1975). Assim, com a oportunidade de
interpretar Melvin Udall, um homem incrivelmente excêntrico, Nicholson soube
agarrá-lo com firmeza e apresentá-lo em forma de interpretação sólida e
elogiada, a qual lhe rendeu seu terceiro Oscar, tornando-se, depois de Walter
Brennan (1937, 1939, 1941), Katharine Hepburn (1934, 1968, 1969, 1982) e Ingrid
Bergman (1945, 1957, 1975), o quarto intérprete a conseguir tal façanha.
Udall é um escritor de romances que é
sucesso de vendas em Nova York. Apesar do seu sucesso comercial, o homem tem severos
problemas: possui transtorno obessivo-compulsivo, o que lhe obriga, por
exemplo, a sempre iniciar seu caminhar pisando com o mesmo pé ou trancar e
destrancar a porta três vezes antes de, por fim, estar contente; além das
pequenas dificuldades cotidianas que seu TOC lhe causa, ele também é
misantropo, o que obviamente cria problemas nas suas relações interpessoais. De
certo modo, sua vida consiste em viver enclausurado na sua masmorra moderna (um
apartamento extremamente limpo) e frequentar um restaurante – sempre levando
seus próprios talheres, devidamente embrulhados num plástico – a fim de
conversar com Carol Connelly, uma garçonete mãe-solteira por quem ele tem
profundo apreço e a quem sempre assusta com todas as suas manias.
Melvin Udall, diferentemente dos outros
personagens de Nicholson, não é apenas peculiar por trazer consigo
características incomuns; ele é peculiar justamente por ser um dos personagens
mais complexos da carreira do ator, uma vez que todo o enredo obriga o
personagem a lidar não apenas com o outro ou
consigo mesmo, mas com o outro e
consigo em situações que o fazem conviver. Connelly, interpretada por Helen
Hunt, que recebeu também o prêmio da Academia como Melhor Atriz, não é o único
contato de Udall – ele precisa também lidar com Simon Bishop, seu vizinho
homossexual cuja vida é ferrenhamente criticada por ele e, mais tarde, com Verdell, cachorro de Bishop, que se torna
elemento fundamental para a problematização da vida de Udall.
Melvin Udall, diferentemente dos outros
personagens de Nicholson, não é apenas peculiar por trazer consigo
características incomuns; ele é peculiar justamente por ser um dos personagens
mais complexos da carreira do ator, uma vez que todo o enredo obriga o
personagem a lidar não apenas com o outro ou
consigo mesmo, mas com o outro e
consigo em situações específicas que o fazem conviver, sem outra escolha, com
as diferentes personagens que surgem. Connelly (Helen Hunt, premiada Melhor
Atriz), objeto de afeição de Udall, é de certo modo seu passaporte para a
normalidade – ele mesmo lhe diz: você me
faz querer ser um homem melhor. Simon Bishop, seu vizinho homossexual cuja
vida é severamente criticada, se torna um meio através do qual Udall comprederá
as diversidades do ser humano. Verdell, o cão de Bishop, é outro elemento
fundamental, afinal, é ele que representa a capacidade da pessoa de
transformação, indo do ódio para o amor.
Com tantas peculiaridades, Melvin Udall
poderia se tornar um personagem caricato, mas, graças à capacidade do ator, que
mesclou bem as doses de humor e de seriedade, seu personagem se tornou um homem
interessante de se observar. Os circuitos de premiações acharam o mesmo, tendo
sido o ator nominado em vários prêmios, como o Globo de Ouro, o Sindicato dos
Atores (SAG), Satelitte Awards, American Comedy Awards, sagrando-se o vencedor
na categoria Melhor Ator em todos eles. Como curiosidade, vale lembrar que a
vitória de Nicholson e Hunt no Oscar como protagonistas marca a sétima e última
vez na qual os prêmios das categorias Melhor Ator e Melhor Atriz foram
arrebatados por intérpretes de um mesmo filme.
por Luís Adriano de Lima
3 comentários:
Aquela cena em que o Melvin olha para a personagem interpretada pela Helen Hunt e diz que: "você me faz querer ser um homem melhor" é a prova da qualidade do trabalho do Jack Nicholson nesse filme. E "Melhor é Impossível" é uma comédia romântica para lá de simpática.
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