MARION COTILLARD (30/09/1975 – Paris, França)
Primeiro filme: L’histoire
du Garçon qui Voulait qu’on L’Embrasse (1994)
Principais
trabalhos: “Amor
ou Conseqüência” (2003), “Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas” (2003),
“Piaf – Um Hino ao Amor” (2007), “Inimigos Públicos” (2009), “A Origem” (2010),
“Meia-Noite em Paris” (2011), “Batman: o Cavaleiro das Trevas Ressurge” (2012).
Indicações ao Oscar:
2008 – Melhor
Atriz: Piaf – Um Hino ao Amor - venceu
“Piaf – Um Hino ao
Amor” (2007), de
Olivier Dahan, é uma dramatização bem produzida e emocionante da vida da famosa
cantora francesa Edith Piaf (1915-1963). Piaf teve uma infância pobre, ficou
doente e foi abandonada pelo pai. Cresceu e passou a juventude sobrevivendo e
perambulando, até que teve a voz descoberta por um empresário da música. Seu
canto a transformou numa das mais reconhecidas artistas do século XX, mas mesmo
assim as tragédias não a abandonaram: perdeu seu grande amor num desastre
aéreo, viciou-se em drogas e bebidas e perdeu sua única filha, ainda criança.
A história de Piaf é material clássico para um filme. Para
vivê-la, Dahan escolheu a atriz Marion Cotillard, na época com uma carreira
modesta na França e pouco conhecida internacionalmente. Marion e Piaf não
poderiam ser mais diferentes, porém o desempenho magistral da atriz consegue
trazer de volta a cantora. A interpretação dela abrange vários períodos
cronológicos – ela interpreta Edith jovem, adulta e já idosa – e sempre de
forma impecável. A tristeza da cantora, seu jeito irascível e ocasionalmente
alegre, e os momentos mais difíceis de sua vida são representados por Cotillard
com perfeição e assombro. Ela “encolhe” em frente às câmeras, encurvando sua
postura e modificando sua aparência – Marion é bem mais alta e bonita que a
verdadeira Piaf, mas isso é contornado pela fisicalidade da intérprete e
truques de maquiagem. Em algumas cenas altera sua voz e dubla com
perfeição as canções do filme. Em suma, a atriz bela e simpática desaparece
dentro da personagem, e vemos apenas o retrato sensível da pessoa real.
O filme não é perfeito. As idas e vindas na cronologia às
vezes mais atrapalham que ajudam a narrativa, e pelo menos um item importante
(a história entre Piaf e Louis Leplée, vivido por Gérard Depardieu) fica mal
resolvido. Porém Marion Cotillard e seu desempenho compensam, e muito, por
essas pequenas falhas. Ela é espetacular e absolutamente merecedora do Oscar –
e tornou-se a segunda atriz na história do prêmio vencedora por um papel em
língua estrangeira. A primeira foi Sophia Loren por “Duas Mulheres” em 1962.
por Ivanildo Pereira
3 comentários:
Marion é Piaf. Incrível como ela abraçou a personagem. Esse Oscar pertencia à Cotillard sem sombra de dúvida.
Sem dúvida alguma, trata-se da grande performance da década passada. O trabalho de Marion Cotillard é impecável. Não só na forma como ela interpretou Edith Piaf, como se permitiu entrar na pele da personagem, por meio do trabalho de figurinos, maquiagem e cabelo. É um trabalho de pura dedicação a quem ela estava interpretando, a ponto da gente não saber, claramente, onde termina Marion e onde começa Edith. As duas são uma só! A vitória dela, no Oscar de Melhor Atriz, foi um dos momentos mais merecidos da história do prêmio!
Perfeita!Marion Cotillard foi simplesmente perfeita!
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