REESE WITHERSPOON (22/03/1976 – Louisiana, Estados
Unidos)
Primeiro filme: “No Mundo da Lua” (1991)
Principais
trabalhos:
“Freeway – Sem Saída” (1996), “Segundas Intenções” (1999), “Legalmente Loira”
(2001), “Johnny e June” (2005), “Água para Elefantes” (2011).
Indicações ao Oscar: 2006 – Melhor Atriz: Johnny e
June - venceu
Reese Witherspoon pode não ser uma grande atriz, mas
sempre procurou fazer boas escolhas cinematográficas. Pode ser que não
atualmente, já que a atriz pegou gosto por comédias românticas, mas houve um
tempo em que Reese realmente se preocupava com as suas escolhas. Ou melhor: o
tempo foi no início de sua carreira. "Eleição" (1999) e
"Segundas Intenções" (1999) são filmes que comprovam muito bem essa
ideia, pois, apesar de serem blockbusters
(mesmo que "Eleição" tenha uma pegada mais indie), são filmes que conseguem conquistar o público e a crítica
ao mesmo tempo, pois são divertidos e mostram uma Reese mais
"desafiadora" em cena; porém, vieram as comédias românticas na vida
da atriz. Mas, em 2005 foi lançado "Johnny
e June", filme de James Mangold que trazia como foco a vida do cantor
Johnny Cash e conseqüentemente a sua tempestuosa relação com aquele que viria a
ser o seu grande amor: June Carter (interpretada, claro, por Reese Witherspoon).
"Johnny e June" é um filme atípico: você percebe que não há maiores pretensões, mas sabe que está vendo um bom filme e que possui chances de ser um clássico em um futuro não muito próximo, pois praticamente tudo contribuiu para isso. O roteiro é bem desenvolvido e consegue dosar muito bem a vida de Johnny Cash, já que acompanhamos todos os estágios de sua vida e de sua carreira. Sem contar que o filme possui uma sensibilidade muito grande, mas isso já é mérito das boas atuações que o filme possui, principalmente a boa composição de Joaquin Phoenix. Porém, o que acaba sendo a carta na manga do filme é a atuação de Reese Witherspoon.
Veja bem: Reese realmente nunca fui uma grande atriz e por mais que houvesse esperanças em suas produções, era esperado que ela apenas estourasse comercialmente, como mais uma "queridinha dos Estados Unidos", algo que acabou ocorrendo, porém, ninguém esperava que a atriz, um dia, embarcasse em um filme como este, no qual, claro, a atuação tinha que ser maior que a beleza. A composição feita pela atriz pode não ser majestosa, mas é simples e singela como tinha que ser. A atriz largou algumas firulas, cantou ao vivo e se entregou para interpretar June Carter. Mesmo que tenha contestações (afinal, Felicity Huffman, que também concorria à Melhor Atriz no mesmo ano, estava esplêndida em "Transamérica", de 2005) é, sem sombras de dúvida, a melhor atuação da carreira da atriz. Ao primeiro olhar pode parecer que Reese tenha ganhado mais pela sua carreira "duvidosa" do que pela atuação em si, mas não consigo pensar em atriz melhor para June Carter. Uma boa e agradável surpresa. A própria June (que escolheu Reese pessoalmente) acertou em cheio.
"Johnny e June" é um filme atípico: você percebe que não há maiores pretensões, mas sabe que está vendo um bom filme e que possui chances de ser um clássico em um futuro não muito próximo, pois praticamente tudo contribuiu para isso. O roteiro é bem desenvolvido e consegue dosar muito bem a vida de Johnny Cash, já que acompanhamos todos os estágios de sua vida e de sua carreira. Sem contar que o filme possui uma sensibilidade muito grande, mas isso já é mérito das boas atuações que o filme possui, principalmente a boa composição de Joaquin Phoenix. Porém, o que acaba sendo a carta na manga do filme é a atuação de Reese Witherspoon.
Veja bem: Reese realmente nunca fui uma grande atriz e por mais que houvesse esperanças em suas produções, era esperado que ela apenas estourasse comercialmente, como mais uma "queridinha dos Estados Unidos", algo que acabou ocorrendo, porém, ninguém esperava que a atriz, um dia, embarcasse em um filme como este, no qual, claro, a atuação tinha que ser maior que a beleza. A composição feita pela atriz pode não ser majestosa, mas é simples e singela como tinha que ser. A atriz largou algumas firulas, cantou ao vivo e se entregou para interpretar June Carter. Mesmo que tenha contestações (afinal, Felicity Huffman, que também concorria à Melhor Atriz no mesmo ano, estava esplêndida em "Transamérica", de 2005) é, sem sombras de dúvida, a melhor atuação da carreira da atriz. Ao primeiro olhar pode parecer que Reese tenha ganhado mais pela sua carreira "duvidosa" do que pela atuação em si, mas não consigo pensar em atriz melhor para June Carter. Uma boa e agradável surpresa. A própria June (que escolheu Reese pessoalmente) acertou em cheio.
por Alan Raspante
4 comentários:
Sinceramente, não consigo até hoje entender bem essa decisão da Academia. Não porque Witherspoon tivesse um histórico duvidoso até então - inúmeras outras atrizes de pouca credibilidade já venceram o prêmio por uma interpretação densa. Mas isso não é o caso de Reese, que não apenas é coadjuvante como ainda não detinha - nem de longe - a melhor interpretação daquele ano. Parece bobagem ainda hoje repetir isso, mas Felicity Huffman teve em "Transamérica" (2005) o seu melhor momento e aquele Oscar não poderia ter ido senão para ela. Reese, numa vitória questionável, subiu ao palco, tomou-lhe o Oscar e alavancou sua carreira se tornando a atriz mais bem paga, apesar de toda a sua escalada ter sido um engano...
AMO "Johnny e June" e gosto muito da atuação de Reese Witherspoon aqui. Acho uma performance carismática, dedicada e versátil. Pode não ter sido a melhor atuação daquele ano, pode ter vencido o Oscar de uma forma meio "duvidosa" (por causa da melhor performance de Felicity Huffman), mas não acho uma estatueta "vergonhosa". A Reese mereceu os elogios e prêmios conquistados por esse filme. Foi a coroação de uma carreira de sucesso.
estranho este Oscar para Reese Witherspoon, gosto do seu trabalho como atriz mas ela não o merecia aquele ano. concordo com o Luis em tudo que disse e ainda acho que foi um daqueles momentos em que a Academia se rende ao comércio e não ao artístico!
Adoro este trabalho da Reese Witherspoon e o filme como um todo. Da safra do Oscar 2006 é o único longa que até hoje não me canso de assistir. Obs: Joaquin Phoenix também merecia o prêmio como Melhor Ator.
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