KEVIN SPACEY (26/07/1956 –
Nova Jérsei, Estados Unidos)
Primeiro filme: “A
Difícil Arte de Amar” (1986)
Principais trabalhos: “Os Suspeitos” (1995), “Los Angeles – Cidade Proibida” (1997), “Beleza
Americana” (1999), “A Corrente do Bem” (2000), “A Vida de David Gale” (2003),
“Quebrando a Banca” (2008), “Margin Call – O Dia antes do Fim” (2011).
Indicações ao Oscar: 1996 – Melhor Ator Coadjuvante: “Os Suspeitos” – venceu | 2000 – Melhor Ator: “Beleza Americana” – venceu.
Indicados em 2000: Denzel Washington por “Hurricane – O Furacão” (1999) | Kevin Spacey
por “Beleza Americana (1999) | Richard Farnsworth por “Uma História Real” (1999)
| Russel Crowe por “O Informante” (1999) | Sean Penn por “Poucas e Boas”
(1999).
“Beleza Americana” (1999) é sobre o vazio da vida suburbana e pessoas desesperadamente tentando
mudar de vida. No filme, Kevin Spacey interpreta Lester Burnham, sujeito
quarentão que detesta seu trabalho, viu sua esposa Caroline (Annette Bening) se
tornar uma estranha, e mal fala com a filha Jane (Thora Birch). As coisas mudam
para ele quando conhece uma jovem amiga da sua filha, vivida por Mena Suvari. O
tesão por uma menina adolescente devolve a coragem a Lester, que abandona o
emprego e começa a malhar para ficar em forma. Quando a família do coronel
Fitts (Chris Cooper) se muda para a casa ao lado, e o estranho filho deste,
Ricky (Wes Bentley), se envolve com Jane, o palco está armado para uma
tragédia, pois todos os personagens possuem segredos e loucuras escondidas por
trás da fachada de perfeição.
Essa mistura de
comédia e drama foi dirigida pelo veterano do teatro Sam Mendes (vencedor do
Oscar de Diretor pelo filme, sua estreia no cinema). Como tal, é um prato cheio
para os atores. O roteiro de Alan Ball alterna momentos de grande humor com
outros de um tocante drama, e o resultado é um dos melhores filmes da já
excelente safra daquele ano de 1999.
O elenco inteiro
é bom, mas é Kevin Spacey que conduz o filme. Embora houvesse outros grandes
trabalhos na categoria naquele ano – notadamente os de Denzel Washington em
“Hurricane: O Furacão” (1999) e o de Russell Crowe em “O Informante” (1999) – o
Oscar de Spacey foi completamente merecido, e foi também o segundo de sua
carreira: o primeiro foi o de coadjuvante por “Os Suspeitos”
(1995). Espécie de Homer Simpson de carne e osso (mas um pouco mais
inteligente), o ator começa o filme pequeno nos enquadramentos de Sam Mendes,
mas aos poucos cresce diante de nós. Spacey, no papel, consegue ser bonito,
feio, inteligente, burro, engraçado, patético, nojento e acima de tudo, humano.
A luta do Lester Burnham é a luta de todos nós que um dia já se sentiram
sufocados pela vida e tentaram fazer alguma coisa a respeito. O desempenho do
ator comove e nos faz torcer por um sujeito que, embora só quisesse transar, na
verdade procurava algo a mais na sua existência.
por
Ivanildo Pereira
Um comentário:
Gosto muito de "Beleza Americana" e acho que sua análise, Ivanildo, foi muito feliz. O Kevin Spacey também está muito bem nesse filme e sua vitória no Oscar foi muito merecida.
Postar um comentário