SANDRA BULLOCK (26/07/1964 – Virginia, Estados
Unidos)
Primeiro filme: Hangmen (1987)
Principais
trabalhos:
“Velocidade Máxima” (1994), “Enquanto Você Dormia...” (1995), “Da Magia à
Sedução” (1998), “Miss Simpatia” (2000), “Crash – No Limite” (2004), “A Proposta”
(2009), “Um Sonho Possível” (2009)
Indicações ao Oscar: 2010 – Melhor Atriz: Um Sonho
Possível – venceu
Aos 45 anos, depois de mais de 20 anos de carreira, venceu
seu primeiro grande prêmio – o Oscar de Melhor Atriz – pelo seu trabalho em “Um Sonho Possível” (2009), filme
também produzido por ela que arrecadou mais de U$300 mi de bilheteria ao redor
do mundo. Estigmatizada por ser uma atriz, sobretudo, de filmes cômicos, a
vitória de Sandra Bullock em 2010 gerou bastante repercussão e ainda hoje há
bastante repreensões quanto à decisão da Academia de tê-la premiado. Bullock,
porém, já estava há bastante tempo no gosto do público e, desde 1994, quando
estrelou “Velocidade Máxima” ao lado de Keanu Reeves, a atriz vem angariando votos
de confiança e de simpatia. Sua trajetória no cinema, apesar de ela ter se
dedicado preferencialmente à comédia, abraça vários gêneros, como ação, no
filme já citado; thriller, em “A
Rede” (1995); crime, em “Tempo de Matar” (1996); suspense, em “Cálculo Mortal”
(2002); romance, em “A Casa do Lago” (2006), marcando seu reencontro com
Reeves; mistério em “Premonições” (2007); e, também, dramas, como é o caso de
“Crash” (2004), vencedor do Oscar de Melhor Filme em 2006, e “Um Sonho
Possível”, cinebiografia de Michael Oher e Leigh Anne Tuohy.
Quanto ao filme intitulado originalmente The Blind Side, precisamos desde o
começo admitir que se trata de um retrato de Leigh Anne Tuohy, personagem de
Sandra Bullock, a verdadeira cinebiografada. Apesar de haver o pano de fundo do
futebol americano e de haver a figura de Michael Oher, figura fundamental para
o desenvolvimento dessa trama, o verdadeiro foco do filme é Bullock e o seu
carisma como atriz. É verdade que o filme não ajuda muito a interpretação de
Bullock nem o roteiro faz questão de transformar sua personagem em uma mulher
muito pungente – ela sabe expor suas idéias, sabe se posicionar
inflexivelmente, mas isso está muito mais associado à sua personalidade do que
às suas ações, então, com certo ar de acontecimento inevitável, tem-se a
impressão de que a atriz faz pouco ao longo das mais de duas horas de projeção
do filme. Numa situação bastante delicada, Bullock opta pelo certo, no qual
fazer menos acaba sendo muito eficiente – assim, sem grandes explosões, sem
grandes momentos dramáticos e sem cenas de extremo arrebatamento catártico,
Bullock consegue construir sua personagem e sua interpretação na linearidade
que o filme lhe oferece. As atrizes contra quem competiu tinham decerto maiores
recursos para alavancar suas interpretações, tornando-se, assim, mais fáceis de
acompanhar e também de se identificar. Nesse quesito, Bullock ficou
prejudicada, mas nem por isso deixou de receber seu prêmio. Duas cenas
particularmente marcantes no longa-metragem são aquelas nas quais Leigh Anne sai
à procura da mãe de Michael a fim de informá-la de que pretende se tornar
guardiã legal do menino e, mais tarde, depois que o rapaz desapareceu, ela sai
à procura dele, enfrentando inclusive alguns traficantes do gueto onde o garoto
morava antes de ser adotado por ela. Embora o filme como um todo não seja
pungente, decerto essa interpretação é uma das mais sinceras de Bullock.
por Luís Adriano de
Lima
4 comentários:
adoro a Sandra (quem não gosta?) mas acho que as outras atrizes mereciam bem mais do que ela!
Eu sou um dos poucos defensores do Oscar de Bullock. Não porque ache a sua interpretação fantástica - acho-a bastante minimalista, simples -, mas acho verdadeiramente que ela era quem mais merecia ali, uma vez que Mirren e Strep foram nominadas pelos seus nomes, e Sidibe pela sua personagem, muito mais do que pela sua atuação. Talvez sua única concorrente mesmo fosse Carey Mulligan, mas essa tinha consigo o filme como suporte, favorecendo sua interpretação - Sandra nem isso tinha, já que o filme é bastante inverossímil em muitos aspectos.
Naquele ano, para mim, o Oscar não poderia ser senão seu. Ressaltando: não que seu trabalho seja magistral, mas por justiça em relação à qualidade dos outros trabalhos indicados.
Não gosto do Oscar dado à Sandra Bullock. Admiro a atuação dela, em "The Blind Side", mas acho que ela ganhou o Oscar de Melhor Atriz por não ter uma concorrência forte, à altura, que pudesse tirar o prêmio dela, como bem conversamos no Facebook.
Falando sobre este filme: a história que ele conta tem muito carisma, a personagem da Sandra Bullock é admirável, mas o longa é manipulador demais. É aquele tipo de obra feito especialmente pra o Oscar....
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