O TURISTA ACIDENTAL
(The Accidental Tourist, 1988,
121min)
Produção: Estados Unidos
Direção: Lawrence Kasdam
Roteiro: Lawrence Kasdam e Frank Galati,
baseado no romance de Anne Tyler
Elenco: William Hurt, Geena Davis,
Kathleen Turner, Amy Wright, David Ogdne Stiers, Ed Begley Jr., Bill Pullman,
Robert Hy Gorman.
"O Turista
Acidental" (1988) é o nome de um livro escrito pelo personagem principal do filme,
Macon (William Hurt). O tal livro, feito sob encomenda, acabou se tornando um
importante guia de viagens para pessoas que não gostam de viajar ou se sentem
desconfortáveis ao sair de casa para realizar o feito. Situação bem recorrente
na vida do protagonista, já que Macon não gosta de viajar. Aliás, após a perda
do seu único filho, Macon não vem gostando de muita coisa. Após uma viagem na preparação
de mais um volume para a saga "O Turista Acidental", Macon recebe a
notícia que sua mulher, Sarah (Kathleen Turner), deseja a separação, já que
estar com ele ou não estar dá no mesmo. Pronto: o mundo desabou para Macon que,
sem saída, acaba indo morar com os seus estranhos irmãos.
O diretor Lawrence Kasdan já havia demonstrado um fator interessante em seu filme anterior, "O Reencontro" (de 1983, excelente "drama" com Glenn Close e William Hurt): o cineasta não gosta de delinear um gênero central para o seu filme. "O Turista Acidental", por exemplo, acaba sendo uma mistura de drama com comédia, sendo que o drama é melancólico demais para ser dramalhão (por conta do personagem de William Hurt) e a comédia sutil demais para fazer rir (por conta da personagem "exagerada" de Geena Davis). Portanto, o filme acaba ficando nesta indecisão, algo que não contribui muito bem para o desenvolvimento da trama que acaba ficando estranha demais com o decorrer de todos os acontecimentos. Porém, o drama acaba sendo uma vertente mais acentuada já que até o contraponto para o personagem principal possui os seus dramas.
O filme não engana o seu espectador e apenas faz um estudo de personagem. A sua história, basicamente, centra na reconstrução por completo de Macon ao encontrar Muriel (Geena Davis). O mais interessante do filme acaba sendo a atuação divertida de Geena Davis. A atriz fez uma composição quase que cruel, pois conseguiu dosar drama e comédia em uma personagem perigosa que nas mãos erradas poderia se tornar apenas uma louca qualquer. Geena conseguiu compor de forma digna, pois Muriel é a mais humana e normal dentre todos, mesmo que tenha as suas extravagâncias. Sendo assim, Geena fez por merecer o seu Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (o filme ainda recebeu as indicações para Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Trilha Sonora). Pode não ser um filme extremamente recomendável, mas vale pela conferir pela atuação competente de Geena Davis que, da sua forma, acaba salvando o filme por completo.
INDICAÇÕES (1 vitória):
1. Melhor Filme: Lawrence Kasdam, Charles Okun e Michael
Grillo
2. Melhor Atriz Coadjuvante: Geena Davis – venceu
3. Melhor Roteiro Adaptado: Lawrence Kasdam e Frank Galati
4. Melhor Trilha Sonora: John Williams
por Alan Raspante
4 comentários:
Adorei a ideia do blog, creio que existem mais prêmios injustos do que por mérito... Estou indicando seu blog no meu e seguindo.
http://ocinematografo.blogspot.com.br/
O personagem de William Hurt é extremamente chato, mas o filme é até um razoável drama com toques de comédia.
Abraço
Nossa, que filme chato!
:)
um dos filmes mais chatos que já vi na minha vida e o final é patético! não merecia prêmio nenhum, aliás, merecia sim era o Framboesa de Ouro!
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