SORTE NO AMOR (Bull Durham, 1988, 108 min)
Produção: Estados Unidos
Direção: Ron Shelton
Roteiro: Ron Shelton
Elenco: Kevin Costner, Susan
Sarandon, Tim Robbins, Trey Wilson, Robert Wuhl, William O’Leary, George Buck,
Jenny Robertson.
Annie (Susan Sarandon) já tentou seguir diversas
religiões, mas não encontrou Deus em nenhuma delas. Essa afirmação é feita logo
na primeira cena quando Annie nos confidencia a sua própria religião: o baseball. Depois de tantas buscas, Annie
decidiu que este seria o seu meio de vida, afinal, mesmo que não tenha
encontrado respostas, Annie tinha boas teorias sobre o assunto (durante o filme
temos bons exemplos das tais teorias). De certo modo, Annie tinha achado
a sua zona de conforto, pois é considerada uma verdadeira santa dentre os
jogadores do seu time do coração, Durham Bulls. O motivo de tamanha adoração
pela fã incondicional do time? Sorte. E que sorte!
O que acontece é o seguinte: Annie, a cada
temporada, escolhe um jogador (no caso são sempre os novatos; aqueles que têm
chance de ser o melhor do time, sabe?) e o nomeia ele como o seu namorado.
Claro, Annie praticamente leva uma vida de casada com o “protegido”, porém,
enfatiza que é por pouco tempo, pois, Annie escolhe um jogador diferente a cada
temporada. E essa situação recorrente dá certo, pois o jogador em questão se
torna melhor e acaba surpreendendo tanto que é chamado até mesmo para jogar em
um time maior. E sabendo que o seu time não anda bem, Annie resolve entrar em
ação e escolhe o “garanhão” Ebby Calvin LaLoosh (Tim Robbins). O garoto só
pensa em sexo e não joga tão bem como era pra ser, mas possui potencial,
portanto seria uma boa aposta de Annie. O problema é que na mesma época chega o
veterano Crash Davis (Kevin Costner) que após sair de um importante time, tem a
difícil missão de colocar Ebby nos trilhos (e, claro, acaba se apaixonando por
Annie também).
“Sorte no Amor”, filme lançado em 1988,
envelheceu mal. Suas diretrizes não são firmes o bastante e, todo o contexto
acaba soando banal demais, ainda mais se considerarmos que o foco principal é o
baseball, esporte pouco conhecido aqui no Brasil. Ou seja: o filme acaba sendo
ainda mais desinteressante. O romance não funciona muito bem, afinal, temos uma
trama mal amarrada em cima desta filosofia de vida da personagem principal.
Isso sem contar que os personagens não cativam o espectador (o que chega mais
perto disso é o personagem de Tim Robbins) de tão clichês que são. O filme só
recebeu uma única indicação no Oscar 1989 (Melhor Roteiro Original). Indicação
até discutível já que o roteiro não é original e não chega a ser bom, é apenas
razoável, na média mesmo. “Sorte no Amor” possui boas atuações como a de Tim
Robbins, mas é um filme tão esquecível que, infelizmente, se perdeu no tempo. É
apenas um filme sobre baseball com um bom elenco. E nada mais.
INDICAÇÃO:
- Melhor Roteiro Original: Ron Shelton
por Alan Raspante
2 comentários:
Nunca assisti a esse filme, mas ele é a cara daquilo que o Kevin Costner fazia na década de 80. E, curiosamente, a maioria desses filmes que ele fez envelheceram bastante!!!!
concordo com o comentário acima
estranho que todos os filmes dele tenham envelhecido mal...
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