O SHOW DE TRUMAN (The
Truman Show, 1998, 103 min)
Produção: Estados Unidos
Direção: Peter Weir
Direção: Peter Weir
Roteiro: Andrew Niccol
Elenco: Jim Carrey, Laura Linney, Ed
Harris, Noah Emerich, Natascha McElhone, Holland Taylor, Brian Delate, Peter
Krause, Judy Clayton.
Desde a queda do feudalismo, implantou-se um sistema de
propriedades privadas e trabalho que visava fins lucrativos, resultando em
investimento maciço nos meios de produções com a intenção de colher uma grande
quantia de capital. Atualmente, as discussões que correlacionam o capitalismo e
a ética têm aumentado, principalmente com a influência midiática, que
transforma tudo em programa de TV, como, por exemplo, é o caso do reality show Big Brother, que recentemente, na sua
edição brasileira, apresentou um suposto caso de estupro e, conseqüentemente,
uma polêmica intensa e vultosa financeiramente.
Cito esse reality show em específico por causa de sua
estrutura. “O Show de Truman”, filme de 1998, dirigido por Peter Weir, retrata a
vivência cotidiana, mas numa proporção bem maior que o BBB e mais ultrajante
para o seu protagonista. Truman Burbank é um homem na faixa dos trinta anos,
casado com uma mulher que ele verdadeiramente ama e com amigos que são muito
próximos – a seu ver, ele é apenas um homem como qualquer outro, sem nenhum
atrativo. Foge ao seu conhecimento, porém, que toda a sua vida é um programa de
TV e ele a vive sem saber que tudo nela, desde sua esposa até sua casa e seu
trabalho, são na verdade parte de um roteiro que é comandado com mãos de ferro
por um produtor e editor que alavancam muito dinheiro com a exibição da vida
desse homem inocente.
O roteiro de Andrew Niccol é bastante polêmico e parte do
interesse do filme se dá pelo questionamento sempre recorrente nessa história,
percorrendo vários conceitos – como a ética - cujas definições são essenciais
para a compreensão da tragicomédia apresentada aqui, sobre a qual, vale
comentar, está repleta de referência a nomes de atores famosos, como os nomes
dos personagens Meryl e Marlon, e a praça Lancaster. A Academia se rendeu à
direção e ao roteiro e, dentre as atuações, julgou a de Ed Harris como a mais
apropriada para uma indicação, concedendo, assim, 3 indicações ao filme.
INDICAÇÕES:
1. Melhor Diretor: Peter Weir
2. Melhor Ator Coadjuvante: Ed Harris
3. Melhor Roteiro Original: Andrew Niccol
por Luís Adriano de Lima
2 comentários:
Ótimo filme produzido numa época em que os reality shows ainda estavam começando a pipocar na tela.
Grandes atuações de Jim Carrey e Ed Harris, além de ser outro ótimo trabalho do australiano Peter Weir.
Abraço
Este é, ao lado de "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças", um dos meus filmes favoritos com o Jim Carrey. Gosto muito do roteiro e o considero um excelente objeto de estudo para abordagem de temos como influência midiática, liberdade e persuasão. Sem dúvidas é um filmaço!
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