quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Ranking: As Inidicações de Bette Davis

Imagem: Joice Prado

O ranking acima foi construído a partir das votações de: Celo Silva, Gustavo Pavan, Ivanildo Pereira, Luís Adriano de Lima e Renan Prado.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Bette Davis: "O Que Aconteceu a Babe Jane?" (1962)



O QUE ACONTECEU A BABE JANE? (What Ever Happened to Babe Jane?, 1962, 134 min)
Direção: Robert Aldrich
Roteiro: Lukas Heller, baseado na obra homônima de Henry Farrell
Indicações: 1. Melhor Atriz | 2. Melhor Ator Coadjuvante | 3. Melhor Fotografia PB | 4. Melhor Figurino PB | 5. Melhor Som


Nominadas em 1963: Anne Bancroft: O Milagre de Anne Sullivan || Bette Davis: O Que Aconteceu a Babe Jane? || Geraldine Page: O Doce Pássaro da Juventude || Katharine Hepburn: Longa Jornada Noite Adentro || Lee Remick: Vício Maldito

Adaptado do romance do escritor Henry Farrell (1920-1986), então mais conhecido por assinar textos de conteúdo macabro, O que Aconteceu a Baby Jane?” (1962), além de trazer o suprassumo de um escritor até o momento subestimado, também é o momento em que duas das maiores atrizes norte-americanas da Hollywood clássica, Bette Davis (1908-1989) e Joan Crawford (1906-1977), se encontraram em cena. No entanto, se nos “anos de ouro” as interpretes ficaram conhecidas pela beleza, elegância e talento, o filme dirigido pelo diretor Robert Aldrich (1918-1983), produzido em 1962, passava longe de aproveitar a formosura jovial de outrora, até porque ambas estavam bem perto de completar sessenta anos. Aqui, o foco principal era colocá-las se antagonizando em um duelo de talento e mise en scène. A conhecida antipatia que uma nutria pela outra, e vice-versa, talvez possa ter sido fator motivacional decisivo para cada uma dar o melhor de si, e como resultado final, o grande beneficiado foi o público, prestigiado com interpretações magistrais.

Antes de chegarmos ao mote principal de “O que Aconteceu a Baby Jane?”, a narrativa dedica seus minutos iniciais para demonstrar fatores traumatizantes na vida das duas protagonistas. Primeiro, em 1917, Jane Hudson (aqui, Julie Allred), ainda bem nova, era uma sensação nacional conhecida como Baby Jane. Ao lado do pai encantava plateias com sua ternura infantil, mas desde aquele tempo demonstrava uma fúria e descontrole interior irremediável. Nesse momento inicial, Baby Jane tem todas as atenções, enquanto sua irmã, Blanche Hudson (aqui, Gina Gillespie) se mantém em segundo plano, revelando até uma ponta de inveja. Em seguida, a trama avança até 1935, onde então temos Blanche como uma segura estrela de cinema enquanto Jane, desprestigiada, vive à sombra da irmã, dependendo de sua influência para trabalhar em filmes de qualidade duvidosa. Interessante, como em pouco tempo de exibição, a narrativa de 1935 consegue pontuar com sagacidade os entremeios dos bastidores do cinema da época, onde produtores e donos de estúdio ditavam o ritmo.

Percebendo-se que Jane não é mais uma artista reverenciada, sem cerimônia, a trama trata de criar a problemática central de “O que Aconteceu a Baby Jane?”: ainda em 1935, um misterioso acidente deixa a então estrela Blanche paraplégica. Assim, depois de quase vinte minutos, os créditos iniciais aparecem e o título sobe junto a uma marcante trilha sonora de film-noir, elucidando que boa coisa não vem pela frente. Saltando novamente no tempo, dessa vez algumas décadas, a narrativa nos coloca dentro da casa das irmãs Hudson, onde na meia-idade vivem no ostracismo, com Jane (agora, Bette Davis) cuidando de maneira relapsa de uma Blanche (agora, Joan Crawford) debilitada pela deficiência física. Logo também percebemos que se Blanche mantêm suas faculdades mentais saudáveis, contrastando com seu corpo deficiente, o mesmo não pode ser dito de Jane. Alcoólatra, a ex-pequena notável mostra-se cada vez mais violenta e invejosa quanto ao status de celebridade que, mesmo enclausurada, a irmã ainda detém, principalmente pelas constantes reprises na televisão dos filmes antigos protagonizados por Blanche.

A trama deixa claro que Jane tem a intenção de fazer de Blanche um joguete de sofrimento, muito pela condição, que ela acha injusta, de cuidar incondicionalmente da irmã e ainda de carregar o estigma de culpada pelo acidente trágico. Contudo, Jane não é dimensionada simplesmente como uma vilã unidimensional. O roteiro tem cuidado em trazer nuances ao caráter dela, mostrando como a dificuldade de lidar com o esquecimento e a velhice, aliado também a um egoísmo nato e o vicio alcoólico, podem ser um tanto enlouquecedores. Entre as práticas reprováveis e infantis de Jane, afinal, apesar de ter um corpo maduro, sua alma parece viver no passado, sendo a mesma criança birrenta e mimada pelo pai, existe também um improvável sonho de voltar a ser uma estrela. Para isso, Jane se envolve com um músico meio picareta interpretado pelo ator Victor Buono (indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante em 1963). A parceria rende alguns dos momentos mais melancólicos e de estranha beleza do filme, como quando ensaiam a canção principal de Baby Jane: I´ve writen a letter to Daddy, interpretada de forma genialmente bizarra por Bette Davis.

Entre tantas qualidades evidentes de “O que Aconteceu a Baby Jane?”, como fotografia em preto e branco primorosa e figurino, vencedor do Oscar, perfeitamente condizente com o clima distópico da obra, é importante ressaltar, que talvez nunca um filme com uma pegada deveras teatral foi tão bem desenvolvido. O excesso de diálogos nunca incomoda, alias, é um deleite apreciar duelos verbais advindos de interpretações tão imersivas. A atriz Joan Crawford mantém sua famosa elegância, mas longe de ser uma mocinha clássica, carrega no olhar todo o desespero de uma pessoa presa a uma cadeira de rodas que é infringida por uma debilitada mental. Á medida que Bette Davis, com seu apreço por personagens em que possa se transformar fisicamente, entrega uma interpretação monstruosa. A atriz some dentro de Jane Hudson, trazendo o personagem a vida com uma força fulminante. A magnitude é tão intensa, que quando Jane se assusta com seu reflexo no espelho, capaz do espectador se assustar também.

O Oscar de 1963 foi à última vez que Bette Davis foi nomeada ao prêmio, a atriz já havia sido indicado dez vezes anteriormente, tendo conquistado a estatueta por duas vezes (1936 e 1939). Contudo, se não saiu vencedora, afinal era um ano bem concorrido com Anne Bancroft (vencedora) e o excelente “O Milagre de Anne Sullivan” (1962) e Katharine Hepburn com “Longa Jornada Noite Adentro” (1962), deve ter sido mágico ver essa brilhante atriz em plena forma em uma obra onde o viés, de fato, é a atuação. O diretor Robert Aldrich também merece todos os louros por conduzir de forma minuciosa “O que Aconteceu a Baby Jane?”, desfiando com tensão crescente, melancolia nostálgica e até uma espécie de redenção transviada, o impressionante jogo psicológico proposto pelo roteiro de Lukas Heller. A sensação é que estamos diante de uma realização onde diversos fatores conjuraram para a excelência, desde os já citados aspectos técnicos, passando por uma direção competente, ciente do que é necessário para a obra funcionar e culminando em atuações inesquecíveis. Resultado, sem exageros: obra-prima!

por Celo Silva

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Bette Davis: "Lágrimas Amargas" (1952)



LÁGRIMAS AMARGAS (The Star, 1952, 89 min)
Direção: Stuart Heisler
Roteiro: Dale Eunson e Katharine Albert
Indicação: Melhor Atriz


Nominadas em 1953: Bette Davis: “Lágrimas Amargas” || Joan Crawford: “Precipícios d’Alma” || Julie Harris: The Member of the Wedding || Shirley Booth: “A Cruz da Minha Vida” || Susan Hayward: “Meu Coração Canta”.

Nos primeiros minutos de “Lágrimas Amargas” (1952) há uma cena maravilhosa, na qual a protagonista Margaret Elliott, uma estrela de cinema em decadência, pega seu Oscar e sai de carro com ele. Ela diz: “Vamos lá Oscar, vamos nos embebedar!”. Ninguém mais a contrata, ela é temperamental e insegura – acha, não sem um pouco de razão, que está ficando velha, e o tempo é cruel com as atrizes de cinema, como bem sabemos. Após um incidente provocado pela bebedeira, ela consegue refúgio na casa de Jim (o sempre fantástico Sterling Hayden). Jim teve uma breve carreira como ator graças à Margaret, e ele não esconde de ninguém que a ama. No entanto, Margaret planeja dar a volta por cima, e tem o projeto ideal para isso: a adaptação do livro O Inverno Fatal. O problema é que a estrela quarentona quer fazer o papel da protagonista adolescente...

“Lágrimas Amargas” pinta um retrato um pouco triste de Hollywood, e a personagem de Bette Davis lembra em alguns momentos a Norma Desmond de “Crepúsculo dos Deuses” (1950), o maior de todos os filmes já feitos sobre o lado negro do cinema. No entanto, não há comparações entre os filmes, e o diretor Stuart Hefler não é nenhum Billy Wilder. O longa possui alguns tons melodramáticos e sua conclusão é contraditória – o final triste onde o estrelato é mostrado como vazio não combina com um projeto que só foi realizado por causa da estrela Bette Davis.

O elenco, fora Hayden, também não se destaca muito – podemos ver, no entanto, no pequeno papel da filha de Margaret a futura estrela Natalie Wood, simplesmente adorável. É Bette Davis a verdadeira razão para se assistir ao filme. O desempenho dela é novamente sensacional, apesar do papel guardar algumas similaridades com a Margo de “A Malvada” (1950). A cena na cabine de projeção, próxima ao final, quando Margaret assiste ao teste de cena gravado para O Inverno Fatal, é um dos grandes momentos da carreira de Davis. Ela até consegue ser má atriz, passando por jovenzinha e tentando seduzir seu parceiro em cena, numa tentativa patética de ganhar o papel principal do filme. “Lágrimas Amargas” é apenas mediano, mas os pequenos momentos em que Bette Davis brilha ainda conseguem torna-lo algo especial.

por Ivanildo Pereira

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Bette Davis: "A Malvada" (1950)



A MALVADA (All About Eve, 1950, 138 min)
Direção: Joseph L. Mankiewicz
Roteiro: Joseph L. Mankiewicz
Indicações: 1. Melhor Filme | 2. Melhor Diretor | 3. Melhor Atriz (Anne Baxter) | 4. Melhor Atriz (Bette Davis) | 5. Melhor Ator Coadjuvante | 6. Melhor Atriz Coadjuvante (Celeste Holm) | 7. Melhor Atriz Coadjuvante (Thelma Ritter) | 8. Melhor Roteiro Original | 9. Melhor Fotografia PB | 10. Melhor Direção de Arte PB | 11. Melhor Figurino PB | 12. Melhor Edição | 13. Melhor Som | 14. Melhor Trilha Sonora


Nominadas em 1951: Anne Baxter: “A Malvada” || Bette Davis: “A Malvada” || Eleanor Paker: Caged || Gloria Swanson: “Crepúsculo dos Deuses” || Judy Holliday: “Nascida Ontem”.

Durante o curso da vida, qualquer um de nós pode (e provavelmente vai) se deparar com alguém que se aproxima fingindo amizade, com segundas intenções escondidas. Sentimentos de inveja ou predisposição para traição são comuns nessas pessoas. Quando se é famoso, então, esse tipo de “admirador” é ainda mais presente e perigoso. Esse é o caso da personagem Eve Harrington. Eve é o assunto na boca de todos em “A Malvada” (1950). Ela era capaz de esperar horas na fila do teatro, chuva e tudo, para assistir a uma apresentação da estrela Margo Channing. Diz ter tido uma existência triste, na qual o teatro representou a única esperança. De forma até comovente, Eve consegue entrar na vida de Margo e no seu círculo de amizades. No entanto, surge em seu caminho a oportunidade de se tornar atriz também, e logo Margo se vê perdendo tudo – a carreira, a fama e até o amante – para a jovem estrela em ascensão, outrora uma pessoa de sua íntima confiança.

“A Malvada”, com 14 indicações, é um dos filmes mais nominados na história do Oscar – ganhou seis, incluindo Melhor Filme e Diretor para Joseph L. Mankiewicz. A rigor, é uma história sobre o mundo do teatro, mas sua realidade poderia perfeitamente ser adaptada para o cinema. É um daqueles filmes nos quais tudo funciona. A história é conduzida pelo diálogo, e que diálogos – embora as falas tomem precedência sobre a imagem, isso não incomoda o espectador, que fica se lamentando por mais pessoas não falarem desse jeito na vida real. E o elenco é simplesmente perfeito: George Sanders levou o Oscar de coadjuvante pelo papel do crítico teatral, mas Anne Baxter como Eve, Celeste Holm e Thelma Ritter também estão inegavelmente fantásticas. O filme ainda conta com uma pequena participação de Marilyn Monroe, pouco antes de se tornar estrela.

O que nos leva à Bette Davis. Seu desempenho como Margo é absolutamente soberbo. No exterior, ela é durona e até meio cínica (e Davis aproveita ao máximo as falas cortantes da sua personagem), mas revela seu interior inseguro para as pessoas mais próximas, e para o espectador também. Bette Davis é tão incrível no papel de Margo que acabou repetindo, de certa forma, esse personagem em “Lágrimas Amargas” (outro desempenho indicado ao Oscar). É interessante notar que no Oscar de 1950, ela e Anne Baxter concorreram na categoria de Atriz principal, e nenhuma delas ganhou – talvez pelo fato das duas atrizes do filme terem concorrido na mesma categoria, elas tenham dividido as chances entre os votantes. O fato de Davis não ter vencido é triste, mas de certa forma isso é justificado pela história de “A Malvada”. Imaginam o que teria acontecido se Baxter tivesse ganhado? Algumas pessoas poderiam começar a enxergar traços de Eve na atriz...

por Ivanildo Pereira

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Bette Davis: "Vaidosa" (1944)



VAIDOSA (Mr. Skeffington, 1944, 146 min)
Direção: Vincent Sherman
Roteiro: Julius J. Epstein e Philip G. Epsteins, baseado no romance de Elizabeth von Arnim.
Indicações: 1. Melhor Atriz | 2. Melhor Ator Coadjuvante


Nominadas em 1945: Barbara Stanwyck: Pacto de Sangue || Bette Davis: Vaidosa || Claudette Colbert: Desde Que Partiste || Greer Garson: Mrs. Parkington, a Mulher Inspiração || Ingrid Bergman: À Meia Luz

Realizando pelo cineasta Vincent Sherman, do saudado “Em Nosso Tempo” (1944), em meados da segunda guerra mundial, Vaidosa” (1944), foi um dos primeiros filmes direcionados ao público feminino. Ciente de que boa parte da audiência de cinema daqueles Estados Unidos envolvidos no conflito em terras europeias era de mulheres, a Warner, empresa pela qual a atriz Bette Davis era contratada, resolveu produzir um filme protagonizado por uma mulher. A trama seria romântica, cômica, dramática, meio novelesca, mas descontraída e que exaltasse certas qualidades femininas mais evidentes para a época. Logo, temos Fanny (Bette Davis), uma bela moça, sedutora, mas que antes de “devorar” homens, tem muito mais apreço pelo jogo da sedução.

De família abastada, Fanny se diverte reunindo seus pretendentes na imponente mansão onde mora com o irmão George (Walter Abel). Em seu ambiente nativo, aproveita para manipular aqueles homens ao seu bel prazer, fazendo os exaltar sua beleza, elegância e altivez. Contudo, a prosperidade e tranquilidade de outrora entra em cheque quando se depara falida pelos negócios mal conduzidos pelo irmão. Nesse momento, entra na trama o educado personagem do Sr. Skeffington (Claude Rains), que intitula originalmente o filme. Cavalheiro, empresário bem sucedido, com qual George tem uma suntuosa dívida, acaba apaixonado por Fanny e a moça, para saudar os problemas do irmão, se rende as investidas do homem e aceita se casar com ele.

O matrimônio do casal, apesar do respeito mútuo, nunca se torna pleno, principalmente por Fanny continuar sua jornada de diversão, seduzindo homens da sociedade enquanto deixa a filha do fruto de seu relacionamento com o Sr. Skeffington em segundo plano. Em certo momento, a narrativa se torna redundante, com cenas de teor semelhante e creio que um corte não faria nem um pouco mal para fluidez da história. Contudo, devemos lembrar que estamos falando de uma obra da era clássica do cinema norte-americano, um típico épico hollywoodiano e com uma atriz deveras magnética. Então, talvez, fosse mesmo necessário aproveitar mais tempo de sua beleza em cena, principalmente pela personagem ser um artífice da moda da época, praticando diversas trocas de figurino, maquiagem, cabelo, o que era um inevitável atrativo para o público feminino.

Apesar desse inicio agradável, carismático, cômico, “Vaidosa” ganha contornos mais atrativos e dramáticos quando uma terrível doença deixa Fanny debilitada e desprovida de beleza. Aqui é o momento em que a atriz Bette Davis se despe do caricato da personagem e presenteia o público com uma atuação vigorosa. Desacreditada, amargurada, Fanny torna se uma mulher alienada e o roteiro, assinado pelos irmãos Epstein, guarda as melhores frases e monólogos para essa segunda etapa. No entanto, como os extras do documentário contido no DVD de Vaidosa informam, o diretor Vincent Sherman deixou a atriz livre para improvisar, e como essa também era uma característica conhecida e prezada por Bette Davis, fica evidente que nuances de algumas cenas não estavam no script.

Reconhecida mais pelo notório talento do que pela beleza ou sensualidade aplicada a Fanny, creio que “Vaidosa” seja o momento em que a atriz mais demonstre formosura. Nesse sentido, mesmo por ter uma beleza contida, pequena em relação a outras estrelas da época, o encanto de sua atuação vibrante acaba dimensionando mesmo sua personagem como “a mais bonita da cidade”. Certamente, “Vaidosa” não estará em uma lista dos melhores filmes de Bette Davis, mas ainda assim é uma produção cercada de atrativos e acredito até que de certa forma dialoga com os melhores trabalhos da atriz, entre eles, a obra-prima “O Que Aconteceu com Baby Jane?” (1962).

por Celo Silva