UM AMOR VERDADEIRO (One True Thing, 1998, 127 min)
Produção: Estados Unidos
Diretor: Carl Franklin
Roteiro: Karen
Croner
Elenco: Meryl
Streep, Renée Zellweger, William Hurt, Tom Everett Scott.
Os suffering movies são aqueles longas em que o enredo gira em torno
de uma doença (tal como “Uma Mente Brilhante” (2001), “O Óleo de Lorenzo”
(1991) ou até mesmo “Um Amor para Recordar” (2002)) e que, geralmente, traz ao
público episódios emocionais e, em alguns casos, até mesmo apelativos. É essa
direção que “Um Amor Verdadeiro” (1998)
segue. Salvo as atuações de Meryl Streep e Renée Zellweger, o filme é um
emaranhado de clichês.
A história gira em torno de Ellen Gulden (Renée
Zellweger), que está tentando trilhar seu caminho profissional em Nova York.
Sua jornada se vê interrompida pela doença de sua mãe e pelo fato de ela ter
que ir cuidar de sua progenitora. O irmão estuda fora e o pai – pela pressão
dessa nova situação – acaba se afastando do núcleo familiar, ou seja, podemos
definir o filme, em sua maioria, na relação entre mãe e filha que nunca foram
realmente próximas e que, agora, são obrigadas a conviver juntas, gerando assim
a essência do filme. Vale lembrar que o formato do longa é uma entrevista
(assim como “Entrevista com Vampiro”, de 1994) em que os acontecimentos,
obviamente, antecedem a entrevista.
Como dito acima, o longa tem clichês bem demarcados. Tudo
está ali, desde a família perfeita se esfarelando até o amor redentor que é
capaz de reunir todos. Pessoalmente, este não é o meu gênero preferido, mas o
que redime o filme com certeza são as atuações de Streep e Zellweger e a
maquiagem, como exemplo de um aspecto técnico. Streep foi indicada ao lado de
Gwyneth Paltrow (Shakespeare in Love)
e da brasileira Fernanda Montenegro (Central do Brasil). Colocando-a ao lado
apenas dessas duas concorrentes, vemos que Meryl era a que menos tinha chance,
uma vez que sua participação é OK, mas nada de excepcional. Acredito que
sua indicação se deva a uma ou duas cenas que se destacam no roteiro, sendo uma
deles a que ocorre no decorrer da uma hora e meia de iniciado o filme, onde
Kate diz duras verdades depois de um casamento de uma vida inteira.
No geral, ‘Um Amor Verdadeiro’ não é o filme do Oscar,
pois peca pelo roteiro mediano, assim como as atuações que ficam aquém dos
concorrentes.
INDICAÇÃO:
- Melhor Atriz: Meryl Streep.
por Renan do Prado
Alves
Um comentário:
Filme chatíssimo, um terror. Meryl Streep foi indicada porque a Academia decerto julgou não haver outro nome mais potente para estar junto aos das outras atrizes, mas acho que era só ter procurado melhor... hahaha
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