domingo, 19 de agosto de 2012

Um Amor Verdadeiro


UM AMOR VERDADEIRO (One True Thing, 1998, 127 min)
Produção: Estados Unidos
Diretor: Carl Franklin
Roteiro: Karen Croner
Elenco: Meryl Streep, Renée Zellweger, William Hurt, Tom Everett Scott.

Os suffering movies são aqueles longas em que o enredo gira em torno de uma doença (tal como “Uma Mente Brilhante” (2001), “O Óleo de Lorenzo” (1991) ou até mesmo “Um Amor para Recordar” (2002)) e que, geralmente, traz ao público episódios emocionais e, em alguns casos, até mesmo apelativos. É essa direção que “Um Amor Verdadeiro” (1998) segue.  Salvo as atuações de Meryl Streep e Renée Zellweger, o filme é um emaranhado de clichês.
A história gira em torno de Ellen Gulden (Renée Zellweger), que está tentando trilhar seu caminho profissional em Nova York. Sua jornada se vê interrompida pela doença de sua mãe e pelo fato de ela ter que ir cuidar de sua progenitora. O irmão estuda fora e o pai – pela pressão dessa nova situação – acaba se afastando do núcleo familiar, ou seja, podemos definir o filme, em sua maioria, na relação entre mãe e filha que nunca foram realmente próximas e que, agora, são obrigadas a conviver juntas, gerando assim a essência do filme. Vale lembrar que o formato do longa é uma entrevista (assim como “Entrevista com Vampiro”, de 1994) em que os acontecimentos, obviamente, antecedem a entrevista.

Como dito acima, o longa tem clichês bem demarcados. Tudo está ali, desde a família perfeita se esfarelando até o amor redentor que é capaz de reunir todos. Pessoalmente, este não é o meu gênero preferido, mas o que redime o filme com certeza são as atuações de Streep e Zellweger e a maquiagem, como exemplo de um aspecto técnico. Streep foi indicada ao lado de Gwyneth Paltrow (Shakespeare in Love) e da brasileira Fernanda Montenegro (Central do Brasil). Colocando-a ao lado apenas dessas duas concorrentes, vemos que Meryl era a que menos tinha chance, uma  vez que sua participação é OK, mas nada de excepcional. Acredito que sua indicação se deva a uma ou duas cenas que se destacam no roteiro, sendo uma deles a que ocorre no decorrer da uma hora e meia de iniciado o filme, onde Kate diz duras verdades depois de um casamento de uma vida inteira.

No geral, ‘Um Amor Verdadeiro’ não é o filme do Oscar, pois peca pelo roteiro mediano, assim como as atuações que ficam aquém dos concorrentes.

INDICAÇÃO:
- Melhor Atriz: Meryl Streep.

por Renan do Prado Alves


Um comentário:

Luís disse...

Filme chatíssimo, um terror. Meryl Streep foi indicada porque a Academia decerto julgou não haver outro nome mais potente para estar junto aos das outras atrizes, mas acho que era só ter procurado melhor... hahaha