ONCE IS
NOT ENOUGH
(1975, 121 min)
Produção: Estados Unidos
Direção: Guy Green
Roteiro: Julius J. Epstein
Elenco: Kirk Douglas, Deborah Raffin,
Brenda Vaccaro, Alexis Smith, Melina Mercouri, George Hamilton, David Janssen,
Gary Conway.
O título de Once is
not Enough (1975) faz jus à mistura de volúpias e amores que constroem a
narrativa dessa trama de Guy Green, que jamais foi lançada no Brasil e que é
bastante difícil de ser encontrada na internet. Baseado no romance Best-seller escrito por Jacqueline Susann
em 1973 (que, à época do lançamento, se tornou o segundo livro mais vendido), o
filme aborda as relações interpessoais de personagens cujas vidas se dão
através de esquemas para ascender financeira ou profissionalmente, sendo que
eles circunvizinham a protagonista, bastante ingênua e sonhadora.
Voltando da Europa depois de ter estudado lá por muitos
anos, January Wayne descobre que seu pai, Mike Wayne, um famoso produtor de
filmes agora falido, se casou com Deidre Granger, uma das mulheres mais ricas do
mundo, somente para continuar a lhe dar conforto e mimo. Ao decidir sair do
apartamento de Deidre para ter seu próprio espaço, January aceita o convite da
editora Linda Riggs, amiga da época em que estudaram juntas na escola primária,
para trabalhar para ela, conseguindo assim se sustentar sozinha. Outros dois
personagens surgem na vida de January: David Milford, primo de Deidre, que
pretende apenas levá-la para cama; e Tom Colt, amigo do seu pai, que surge como
objeto de desejo de Linda, mas logo se apaixona por January, envolvendo os dois
numa relação.
Como disse acima sobre o título, uma vez não basta quando falamos de personagens como Linda Riggs,
que assumidamente transou com todos os colegas de trabalhos, inclusive com o
chefe, para chegar àquele cargo de prestígio; uma vez não basta para Deidre, que, sendo rica, comanda não apenas
o marido, Mike Wayne, mas também a amante, com quem se une para debochar do
marido e da enteada – já no final do filme, numa fala exasperada de January, em
conflito com Tom Colt, ela lhe diz que uma vez não basta quando se considera
tudo o que se passou entre eles. Nesse enredo de personagens em constante
conflito e perturbação, destacam-se Deborah Raffin, intérprete de January, e
Brenda Vaccaro, que conseguiu a única nominação para o filme. Vaccaro, aliás,
potencialmente detém a melhor interpretação do longa-metragem, conquistando o
espectador em todos os momentos com suas explosões de riso e indignação. Ironia
máxima é o personagem de Kirk Douglas já ter recebido Oscar quando o próprio
ator jamais o recebeu, apesar de sido nomeado várias vezes, sendo também
ignorado outras tantas.
INDICAÇÃO:
- Melhor Atriz Coadjuvante: Brenda Vaccaro
por Luís Adriano de
Lima
Um comentário:
Vi esse filme faz tempo, na tevê. Já não lembro de nada. Adoraria revê-lo só por Alexis Smith e Melina Mercouri.
Belo blog.
Cumprimentos cinéfilos!
O Falcão Maltês
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