sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Laura - A Voz de Uma Estrela


LAURA – A VOZ DE UMA ESTRELA (Little Voice, 1998, 97 min)
Produção: Reino Unido
Direção: Mark Herman
Roteiro: Mark Herman
Elenco: Brenda Blethyn, Jane Horrocks, Ewan McGregor, Philip Jackson, Michael Caine, Jim Broadbent.

Laura (Jane Horrocks) perdeu o homem de sua vida - seu próprio pai – e desde então vive reclusa em seu quarto ouvindo a coleção de discos que ele deixou para ela como herança. Passou tanto tempo presa em seu mundo que ganhou o apelido de Little Voice da sua própria mãe, Mari (Brenda Blethyn). Mas, em um desses acontecimentos da vida, a moça acaba sendo descoberta por um empresário, Ray Say (Michael Caine). Ray só queria um relacionamento sexual com a Mari, mas quando percebe a mina de ouro em sua frente, decide apostar todas as suas fichas. Enquanto LV (diminutivo de Little Voice, usado basicamente pela mãe) se descobre apaixonada pelo estranho criador de pombas, Billy (Ewan McGregor), LV terá que aprender a se controlar e será obrigada a fazer aquilo o que faz de melhor: cantar.

A história de “Laura – A Voz de uma Estrela” (1998) pode parecer batida, mas a direção opta por reunir dois gêneros no filme desde o início: o drama e a comédia (essa, mais sutil, centrada na personalidade de cada personagem que consegue ser única dentro do filme). Impressionante a forma como o filme vai de um gênero para o outro sem perder o foco central. Porém, o filme concentra as suas forças em seu excelente elenco, que, aliás, foi lembrado no Oscar com uma indicação à Melhor Atriz Coadjuvante a Brenda Blethyn. Brenda é, talvez, o grande destaque deste filme já que a mesma possuía a difícil missão de humanizar a sua personagem da melhor forma possível já que, Mari, segue como uma caricatura devido a sua personalidade (mãe amargurada) medonha. Mas, ainda sim, o melhor destaque acaba sendo Jane Horrocks que faz miséria como a grande protagonista. Em partes, teve a ajuda do roteiro já que a personagem é digna de pena, mas ainda sim, é uma atuação memorável e que merecia ser lembrada na cerimônia do Oscar. Little Voice pode ter caído no esquecimento, mas segue como uma obra atemporal e merece ser descoberta.

INDICAÇÃO:
- Melhor Atriz Coadjuvante: Brenda Blethyn

por Alan Raspante

Um comentário:

Hugo disse...

É mais um filme que deixei passar na época e acabei esquecendo.

Abraço