DIREITO DE AMAR (A Single Man, 2009, 99 min)
Produção: Estados Unidos
Direção: Tom Ford
Roteiro: Tom Ford e David Scearce
Elenco: Colin Firth, Julianne
Moore, Nicholas Hoult, Matthew Goode.
Um único dia na vida de um homem, justamente o dia no qual
ele decidiu encerrar sua vida. George é um professor universitário britânico
que mora nos Estados Unidos há alguns anos, mas que decidiu por fim à sua vida,
já que não consegue mais lidar com a solidão à qual foi submetido depois que
Jim, seu parceiro há 16 anos, faleceu. Nada na vida de George parece lhe
proporcionar prazer, nem mesmo a companhia de Charley, amiga sua desde a época
em que morava na Inglaterra.
“Direito de Amar”
(2009) tem sua
grande força nas interpretações de Colin Firth e Julianne Moore e também na
excelente fotografia e direção de arte. Assistir à obra é um verdadeiro prazer,
sobretudo pelo modo como as cores maravilhosamente combinam com o retrato que
se faz das sensações dos personagens, passando de um azul esfumaçado a um
alaranjado febril do despertar do desejo sexual de George. Se a equipe técnica
se ocupou em apresentar com eficiência um filme para o qual se olha com prazer
devido à sua sensibilidade estética, os atores garantem veracidade em suas
interpretações – impossível não vê-los totalmente à vontade em cena, totalmente
incorporados aos personagens que interpretam.
Por incrível que pareça, apesar de sua qualidade em vários
aspectos, o filme conquistou apenas uma indicação, na categoria de Melhor Ator,
quando poderia facilmente ter angariado posições em inúmeras outras categorias,
como Melhor Fotografia, Melhor Trilha Sonora, Melhor Direção de Arte e – mais
do qualquer uma dessas – Melhor Atriz Coadjuvante, já que a interpretação
concebida por Julianne Moore é provavelmente uma das melhores de sua carreira
e, nesse filme, é também o que o impulsiona a excelente qualidade do filme. Nem
mesmo a estréia de Tom Ford na direção é apenas
satisfatória – vejo-a elogiável, dado o resultado do filme como um todo.
INDICAÇÃO:
- Melhor Ator: Colin Firth.
por Luís Adriano de
Lima
Nenhum comentário:
Postar um comentário