IN THE
LOOP (2009,
106 min)
Produção: Reino Unido
Direção: Armando Ianucci
Roteiro: Armando Ianucci, Jesse Armstrong, Simon Blackwell e Tony
Roche
Elenco: Peter Capaldi, Gina Mckee,
Tom Hollander, Olivia Poulet, Harry Hadden-Paton, Samantha Harrington.
Indicado a categoria de Melhor Roteiro Adaptado no Oscar
de 2010, o longa-metragem de origem britânica, In The Loop (ainda inédito no Brasil) é dessas obras com abordagem
sobre política que costumam habitar com certa freqüência as nomeações da
Academia. A adaptação do roteiro foi feita a oito mãos, incluindo o diretor
Armando Iannuci, e tem suas qualidades, principalmente por apostar em uma
comicidade que surge de situações constrangedoras em um contexto hiper
realístico. No entanto, acredito que o filme deve agradar muito mais o seu
público alvo: os ingleses e americanos.
A trama mostra o desenrolar de uma guerra fantasiada pelo
presidente dos EUA e o primeiro ministro britânico e de como afeta os seus
subalternos, com destaque para o chefe das forças armadas vivido por James
Gandolfini, a chefe de estado americano para democracia e um ministro britânico
interpretado por Tom Hollander (a melhor coisa do filme). Embora o roteiro soe criativo,
sagaz, estereotipando os personagens a nível máximo, como um consultor inglês
que de dez palavras, nove são impropérios, a narrativa não deixa de ser
arrastada e muitas vezes entediante. Claro que essa deve ser uma sensação
potencializada para uma platéia não interada com as características dos
bastidores políticos de ambos os países.
Creio que o maior motivo de In The Loop não ter sido sequer lançado em home-video no Brasil é sua falta de força comercial para o público
brasileiro. O estilo pouco cinematográfico, televisivo até, que o diretor
Iannuci traz para o filme também não ajuda em nada a envolver um espectador
leigo, coisa que outros filmes que abordaram temática semelhante fizeram com
excelência, cito brevemente a pequena obra-prima “Dr. Fantástico” (1964) de
Stanley Kubrick. Confesso que gostaria de ter apreciado a obra, sátiras sempre
me agradam, mas infelizmente, apesar de acreditar que a realização tenha seu
valor, o resultado é deveras idiossincrático.
INDICAÇÃO:
- Melhor Roteiro Adaptado: Armando Ianucci, Jesse
Armstrong, Tony Roche e Simon Blackwell
por Celo Silva
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