sexta-feira, 21 de setembro de 2012

In the Loop



IN THE LOOP (2009, 106 min)
Produção: Reino Unido
Direção: Armando Ianucci
Roteiro: Armando Ianucci, Jesse Armstrong, Simon Blackwell e Tony Roche
Elenco: Peter Capaldi, Gina Mckee, Tom Hollander, Olivia Poulet, Harry Hadden-Paton, Samantha Harrington.

Indicado a categoria de Melhor Roteiro Adaptado no Oscar de 2010, o longa-metragem de origem britânica, In The Loop (ainda inédito no Brasil) é dessas obras com abordagem sobre política que costumam habitar com certa freqüência as nomeações da Academia. A adaptação do roteiro foi feita a oito mãos, incluindo o diretor Armando Iannuci, e tem suas qualidades, principalmente por apostar em uma comicidade que surge de situações constrangedoras em um contexto hiper realístico. No entanto, acredito que o filme deve agradar muito mais o seu público alvo: os ingleses e americanos.

A trama mostra o desenrolar de uma guerra fantasiada pelo presidente dos EUA e o primeiro ministro britânico e de como afeta os seus subalternos, com destaque para o chefe das forças armadas vivido por James Gandolfini, a chefe de estado americano para democracia e um ministro britânico interpretado por Tom Hollander (a melhor coisa do filme). Embora o roteiro soe criativo, sagaz, estereotipando os personagens a nível máximo, como um consultor inglês que de dez palavras, nove são impropérios, a narrativa não deixa de ser arrastada e muitas vezes entediante. Claro que essa deve ser uma sensação potencializada para uma platéia não interada com as características dos bastidores políticos de ambos os países.

Creio que o maior motivo de In The Loop não ter sido sequer lançado em home-video no Brasil é sua falta de força comercial para o público brasileiro. O estilo pouco cinematográfico, televisivo até, que o diretor Iannuci traz para o filme também não ajuda em nada a envolver um espectador leigo, coisa que outros filmes que abordaram temática semelhante fizeram com excelência, cito brevemente a pequena obra-prima “Dr. Fantástico” (1964) de Stanley Kubrick. Confesso que gostaria de ter apreciado a obra, sátiras sempre me agradam, mas infelizmente, apesar de acreditar que a realização tenha seu valor, o resultado é deveras idiossincrático.

INDICAÇÃO:
- Melhor Roteiro Adaptado: Armando Ianucci, Jesse Armstrong, Tony Roche e Simon Blackwell

por Celo Silva

Nenhum comentário: