Jeff Bridges recebendo seu Oscar. |
2009 não foi um grande ano para a produção
cinematográfica, de modo geral. A Academia, reconhecendo isso, e também
motivada pela pressão popular, aumentou neste ano o número de indicados a
Melhor Filme de 5 para 10. Porém, mesmo com a inclusão de títulos mais
populares, a Academia não se rendeu. Na disputa polarizada entre uma das
maiores bilheterias de todos os tempos – “Avatar” (2009) de James Cameron – e
um filme pequeno e que pouca gente tinha visto – “Guerra ao Terror” (2008) de
Kathryn Bigelow –, o Oscar acabou indo para o segundo.
Nas categorias de atuação, foi um ano bem previsível, pois
todos os favoritos levaram. Os veteranos Jeff Bridges e Sandra Bullock foram
premiados na categoria de atores principais. Ele, não só pelo desempenho, mas
também pela carreira e consistência do seu trabalho, afinal alguém já viu uma
má atuação do Jeff Bridges? E ela, por ser uma estrela com inegável capacidade
para atrair público, coisa rara hoje em dia. E entre os coadjuvantes ocorreu o contrário:
foram premiados dois atores que estavam despontando para o cinema, Mo’Nique e
Christoph Waltz.
Nas categorias técnicas não se pode dizer que houve alguma
injustiça, nem nas de roteiro, onde os premiados foram de grande qualidade. E
ao premiar Bigelow como melhor diretora (a primeira mulher na história do
Oscar), a Academia demonstrou sua preferência pela garra no fazer
cinematográfico acima de tudo. De forma geral, foi uma cerimônia previsível,
mas com um momento se destacando. Em meio à disputa estilo “Davi e Golias”, o prêmio
mais justo e indiscutível da noite foi entregue: o Oscar de Filme Estrangeiro
foi para um dos poucos grandes filmes daquele ano, a maravilhosa produção
argentina “O Segredo dos Seus Olhos” (2009).
Por Ivanildo Pereira
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