terça-feira, 18 de setembro de 2012

Categoria: Melhor Diretor





Indicados:
- James Cameron, por “Avatar”
- Jason Reitman, por “Amor sem Escalas”
- Kathryn Bigelow, por “Guerra ao Terror” – venceu
- Lee Daniels, por “Preciosa – Uma História de Esperança”
- Quentin Tarantino, por “Bastardos Inglórios”

Na disputa de Melhor Diretor, três já haviam sido indicados anteriormente: Jason Reitman por “Amor Sem Escalas”, Quentin Tarantino por “Bastardos Inglórios” e James Cameron por “Avatar” (Cameron já vencera anteriormente por “Titanic” em 1998). Os outros dois foram indicados pela primeira vez: Lee Daniels por “Preciosa: Uma História de Esperança” e Kathryn Bigelow por “Guerra ao Terror”.

Daniels, apesar da mão pesada em alguns momentos, fez de “Preciosa” um drama impactante e que dificilmente será esquecido por quem o assistir. Além disso, extraiu poderosas interpretações de suas atrizes principais, Mo’Nique e Gabourey Sidibe. Já Reitman fez outra habilidosa mistura de comédia e drama com “Amor Sem Escalas”, unindo bem o contexto da crise econômica da época com as dificuldades de relacionamento entre as pessoas, um tema sempre atemporal. E Tarantino, de todos os indicados, é aquele com a voz mais única. Seu filme tem a coragem de reescrever a história, é filmado de forma sofisticada e serve como uma das mais apaixonadas declarações de amor ao cinema vista em anos recentes.

Já Cameron e Bigelow, que polarizaram a disputa, lutaram muito para realizar seus respectivos projetos. Cameron passou anos desenvolvendo a tecnologia para tornar real o mundo de Pandora onde se passa “Avatar” e levou o gênero sci-fi a um novo patamar visual, como já havia feito antes, aliás. E Bigelow conseguiu, com pouco dinheiro, enfrentando locações hostis e dificuldades de distribuição, fazer de “Guerra ao Terror” um filme raro na história do cinema, um drama que investiga porque o conflito exerce tanto apelo para o ser humano. Bigelow tinha mais a dizer, e o disse melhor – Cameron acerta no visual, mas sua história não é tão inovadora, embora ele a conte bem. Por isso, Bigelow se tornou a primeira mulher premiada nesta categoria. Por uma gr ande ironia, ambos foram casados por alguns anos na vida real, e ele impulsionou a carreira dela produzindo e colaborando no roteiro de alguns dos seus primeiros filmes.

por Ivanildo Pereira

Um comentário:

Vinicius Colares disse...

entre os cinco indicados, Bigelow foi um raro acerto da academia nos últimos anos.