Steve Martina e Alec Baldwin, apresentadores da 82ª Edição do Oscar. |
Confesso que a primeira vez que assisti a uma edição
inteira do Oscar foi em 2009 e aquilo abriu meus olhos. Como esquecer o
brilhante Hugh Jackman como mestre de cerimônias ou Kate Winslet ganhando seu
primeiro Oscar? Os filmes também pareciam mais instigantes e emocionantes nos
rendendo uma boa safra com a presença de "Quem Quer Ser um
Milionário?" (2008), "Frost/Nixon" (2008), "O Leitor"(2008),
"A Troca" (2008), entre tantos outros. Dito isso, comparativamente,
admito que achei a 82º edição do Oscar nada menos que fraca. Sob o comando dos
insossos Steve Martin e Alec Baldwin, a premiação foi levada de maneira apenas
satisfatória.
Falando da sétima arte, não posso deixar de admitir que
2010 deixou algumas marcas no cinema. “Avatar” (2009) renovou o cinema
popularizando o uso do 3D e, mesmo saindo com poucos prêmios (em comparação ao
número de Oscar que estava concorrendo), mostrou que James Cameron é um
ícone do cinema mundial. Aliás, aqui podemos abrir um parêntese: é justo que o
filme de Cameron tenha ganhado na categoria Melhor Fotografia? Pessoalmente,
acho que uma fotografia criada por meios digitais não possa nem deva ganhar,
tendo em vista seus concorrentes.
Outra marca foi a premiação de Sandra Bullock. Apesar de a
grande disputa ficar entre Streep e Bullock, eu prefiro a atuação de Carey
Mulligan; porém encaro a premiação da atriz principal de "Um Sonho
Possível" (2009) como uma forma de tentar dar novos ares as atuações
femininas e fomentar a melhores atuações de atrizes que são consideradas fracas.
Inclusive, podemos notar que Bullock mudou da água pro vinho ou os produtores
perceberam que ela tem potencial. Depois de "Um Sonho Possível", ela
já participou de obras de Stephen Daldry e recentemente está bem cotada por sua
atuação em Gravity. Para fechar,
as outras produções que eu acho dignas de destaque ficam por conta de
"Preciosa – Uma História de Esperança" (2009) e "Bastardos
Inglórios" (2009). Ambos tratam de temas fortes pesados, embora um aposte
no drama e o outro no humor-negro. Não é à toa que as premiações de Melhor
Atriz Coadjuvante e Melhor Ator Coadjuvante tenham ficado por conta das duas
produções, respectivamente.
Do resto, temos o super comentado, mas agora esquecido
"Guerra ao Terror" (2008), que levou os prêmios mais importantes
consagrando inclusive a primeira diretora da história da premiação, o
mais-ou-menos "Amor Sem Escalas" (2009) e o esquecido (infelizmente)
"Educação" (2009).
2 comentários:
Eu não tenho paciência para assistir a cerimônia completa.
Mesmo o tema sendo cinema, a premiação na verdade é um programa de tv, o que se transforma em algo chato, na minha opinião.
Abraço
Concordo em partes. Meu favorito da noite era Bastardos Inglórios e UP. Quando fotografia, me desculpe, mas discutir a meritocracia duma fotografia criada digitalmente é algo que poderia ser permitido 30 anos atrás - e olhe lá! Rango, por exemplo, deveria ter sido indicado ao Oscar de Melhor Fotografia.
Postar um comentário