quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Sorte no Amor


SORTE NO AMOR (Bull Durham, 1988, 108 min)

Produção: Estados Unidos

Direção: Ron Shelton

Roteiro: Ron Shelton

Elenco: Kevin Costner, Susan Sarandon, Tim Robbins, Trey Wilson, Robert Wuhl, William O’Leary, George Buck, Jenny Robertson.

Annie (Susan Sarandon) já tentou seguir diversas religiões, mas não encontrou Deus em nenhuma delas. Essa afirmação é feita logo na primeira cena quando Annie nos confidencia a sua própria religião: o baseball. Depois de tantas buscas, Annie decidiu que este seria o seu meio de vida, afinal, mesmo que não tenha encontrado respostas, Annie tinha boas teorias sobre o assunto (durante o filme temos bons exemplos das tais teorias).  De certo modo, Annie tinha achado a sua zona de conforto, pois é considerada uma verdadeira santa dentre os jogadores do seu time do coração, Durham Bulls. O motivo de tamanha adoração pela fã incondicional do time? Sorte. E que sorte!

 O que acontece é o seguinte: Annie, a cada temporada, escolhe um jogador (no caso são sempre os novatos; aqueles que têm chance de ser o melhor do time, sabe?) e o nomeia ele como o seu namorado. Claro, Annie praticamente leva uma vida de casada com o “protegido”, porém, enfatiza que é por pouco tempo, pois, Annie escolhe um jogador diferente a cada temporada. E essa situação recorrente dá certo, pois o jogador em questão se torna melhor e acaba surpreendendo tanto que é chamado até mesmo para jogar em um time maior. E sabendo que o seu time não anda bem, Annie resolve entrar em ação e escolhe o “garanhão” Ebby Calvin LaLoosh (Tim Robbins). O garoto só pensa em sexo e não joga tão bem como era pra ser, mas possui potencial, portanto seria uma boa aposta de Annie. O problema é que na mesma época chega o veterano Crash Davis (Kevin Costner) que após sair de um importante time, tem a difícil missão de colocar Ebby nos trilhos (e, claro, acaba se apaixonando por Annie também).

“Sorte no Amor”, filme lançado em 1988, envelheceu mal. Suas diretrizes não são firmes o bastante e, todo o contexto acaba soando banal demais, ainda mais se considerarmos que o foco principal é o baseball, esporte pouco conhecido aqui no Brasil. Ou seja: o filme acaba sendo ainda mais desinteressante. O romance não funciona muito bem, afinal, temos uma trama mal amarrada em cima desta filosofia de vida da personagem principal. Isso sem contar que os personagens não cativam o espectador (o que chega mais perto disso é o personagem de Tim Robbins) de tão clichês que são. O filme só recebeu uma única indicação no Oscar 1989 (Melhor Roteiro Original). Indicação até discutível já que o roteiro não é original e não chega a ser bom, é apenas razoável, na média mesmo. “Sorte no Amor” possui boas atuações como a de Tim Robbins, mas é um filme tão esquecível que, infelizmente, se perdeu no tempo. É apenas um filme sobre baseball com um bom elenco. E nada mais.

INDICAÇÃO:
- Melhor Roteiro Original: Ron Shelton

por Alan Raspante

2 comentários:

Kamila disse...

Nunca assisti a esse filme, mas ele é a cara daquilo que o Kevin Costner fazia na década de 80. E, curiosamente, a maioria desses filmes que ele fez envelheceram bastante!!!!

Serginho Tavares disse...

concordo com o comentário acima
estranho que todos os filmes dele tenham envelhecido mal...